sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

BOAS FESTAS

Amigos(as) mergulhadores, desejo a vocês um feliz Natal e um 2011 com muitos mergulhos!

Grande abraço,

WILSON LUIZ NEGRINI DE CARVALHO

domingo, 19 de setembro de 2010

HISTÓRIA : O NAUFRÁGIO DO PRINCIPESSA MAFALDA


O PRINCIPESSA MAFALDA foi construído em 1908 pelo estaleiro Società Esercizio Bacini em Riva Trigoso, Itália. Tinha cerca de 148 metros de comprimento, 17 metros de boca, 10 metros de calado e um deslocamento de 12000 toneladas. Possuía 158 camarotes de primeira classe, 835 camarotes de segunda classe e 715 camarotes de terceira classe. Seu nome foi dado em homenagem a filha do Rei Vittorio Emanuele III, Mafalda di Savoia, nascida em 1902.

Sua viagem inaugural foi em 30 de Março de 1909, fazendo a linha Gênova - Buenos Aires. Pertencia ao Lloyd Italiano Società di Navigazione, tendo sido incorporado à Navigazione Generale Italiana em 1918. Em 1910 foi usado por Marconi para uma das primeiras transmissões de radiotelégrafo entre a Europa e a América do Sul, usando como antena uma grande pipa.

Em sua última viagem partiu de Gênova a 11 de Outubro de 1927 transportando mais de 1261 passageiros. Pouco depois de ter saído de Barcelona (Espanha) onde havia feito uma escala, teve problemas mecânicos e o comandante Simone Guli se viu obrigado a fazer uma escala em São Vicente, nas Ilhas Cabo Verde. Após ter sido reparado o navio continuou a viagem.

No dia 25 de Outubro de 1927 por volta das 17:20 horas, nas proximidades de Abrolhos/BA, o navio parou pois o eixo da hélice havia se partido. A água começou a inundar os compartimentos do navio e foi emitido pedido de socorro informando a posição do navio : 16 graus e 58 minutos S, 31 graus e 51 W. Os navios EMPIRE STAR, ROSSETI, FORMOSE, ALHENA, AVELONA, MOSELLA, SALEM, KING FREDERIC e PIAUHY partiram em seu socorro. Existem algumas versões sobre o procedimento tomado pelo comandante do PRINCIPESSA MAFALDA. O que existe em comum entre elas, é que ao ordenar o abandono do navio houve um grande tumulto entre os passageiros. Alguns botes salva-vidas estavam muito lotados e viraram. Passageiros desesperados se atiravam nos botes que estavam ao mar e também na água.

Por volta das 17:50 horas chega o navio ALHENA para ajudar no resgate e 10 minutos mais tarde chega o EMPIRE STAR. O resgate dos náufragos começa, mas para piorar a situação, alguns que permaneciam na água são atacados por tubarões. A situação à bordo do PRINCIPESSA MAFALDA vai se tornando crítica com os passageiros se aglomerando na proa, pois a popa esta praticamente submersa. Por volta das 21:00 horas chegam para ajudar no resgate os navios FORMOSE, MOSELLA e AVELONA.

O PRINCIPESSA MAFALDA afunda por volta das 21:45 horas. Instantes depois chegam os navios KING FREDERIC e ROSSETI para ajudarem no resgate. Morreram cerca de 9 tripulantes, entre eles o comandante Guli e 305 passageiros.

O naufrágio do PRINCIPESSA MAFALDA ainda não foi encontrado. Acredita-se que ele esteja na região entre Caravelas/BA e Abrolhos/BA. No local, estima-se uma profundidade de 1400 metros.

Algumas fontes ainda citam :

* O número de passageiros que o PRINCIPESSA MAFALDA transportava era mais de 1350.

* Em 1910 foram realizadas experiências de radiotelegrafia no navio onde de dia as transmissões alcançaram 4000 milhas e à noite 6735 milhas.

* A empresa proprietária do navio era Navigazione Generale Italiana Società Riunite Florio & Rubattino.

* O local onde parou para consertar as avarias era Dakar (África) e não nas Ilhas Cabo Verde.

* A posição passada para resgate era 16 graus 58 minutos S, 37 graus e 51 minutos W.

* Quando quebrou o eixo da hélice e o navio parou, o comandante e seus oficiais tranqüilizaram os passageiros, fazendo com que estes últimos voltassem às suas atividade normais. Somente quando o navio adernou é que foi dada a ordem de abandonar o navio.

* O nome do estaleiro que construiu o navio era Eserazio Barini.

Fontes de pesquisa :

* Site do Clarín Digital

* Revista SCUBA ano III número 24

* Texto de Zilan Costa e Silva divulgado na lista de discussão Mergulho Bahia

* Catálogo de naufrágios e afundamentos do autor José Goes de Araujo

Este artigo foi publicado pela primeira vez pelo autor, no antigo site MERGULHO BR em 2001.

Para você que gosta de histórias de naufrágios, deixo a sugestão deste livro:

terça-feira, 3 de agosto de 2010

HISTÓRIA : O NAUFRÁGIO DO RMS CARPATHIA


( Esta foto mostra o RMS CARPATHIA chegando aos Estados Unidos trazendo os botes salva-vidas e os sobreviventes do naufrágio do TITANIC )

O RMS CARPATHIA foi construído pelos estaleiros Swan & Hunter. Seus motores foram construídos pela empresa Wallsend Shipway Co Ltd. Ele pertencia à empresa Cunard Lines. Foi lançado ao mar em 6 de Agosto de 1902.

Tinha cerca de 164,5 metros de comprimento, 19,65 metros de boca e pesava cerca de 13555 toneladas. Suas acomodações para passageiros eram bastante agradáveis, inclusive a terceira classe.

Sua primeira viagem foi a 5 de Maio de 1903, fazendo a linha Liverpool - New York - Queenstown. Em 1905, teve suas acomodações de passageiros alterada, ficando com capacidade para transportar 100 passageiros na primeira classe, 200 na segunda classe e 2250 na terceira classe.

O RMS CARPATHIA era comandado pelo capitão Rostron e ficou conhecido por resgatar 20 botes salva-vidas com cerca de 703 sobreviventes do famoso naufrágio do TITANIC.

A 17 de Julho de 1918, enquanto navegava a caminho de Boston junto com um comboio, o CARPATHIA foi atingido por dois torpedos. Quando seus botes salva-vidas estavam sendo baixados, foi atingido por um terceiro torpedo. Cerca de 57 passageiros e o resto da tripulação foram salvos pelo navio HMS SNOWDROP e trazidos para Liverpool (Inglaterra). Cinco tripulantes morreram.

Este artigo foi publicado pela primeira vez pelo autor, no antigo site MERGULHO BR em 2001.

( Texto : Wilson Luiz Negrini de Carvalho )


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sábado, 17 de julho de 2010

HISTÓRIA : O NAUFRÁGIO DO BRITANNIC



O BRITANNIC era um transatlântico de luxo. Era o navio irmão do TITANIC. Foi construído nos estaleiros da Harland & Wolff na Irlanda e lançado ao mar em 26 de Fevereiro de 1914. Pesava mais de 48158 toneladas e tinha cerca de 274 metros de comprimento e 28 metros de boca. Sua velocidade de cruzeiro era de 21 nós. Tinha capacidade para levar 790 passageiros na primeira classe, 836 na segunda classe e 953 na terceira classe. A White Star Lines havia informado na primavera de 1915 que ele iria fazer a rota de Southampton - New York.

Não teve tempo de ser equipado com os itens de luxo que teve seu irmão TITANIC, pois foi requisitado pela British Admiralty para atuar na Primeira Guerra Mundial que já havia começado. Foi transformado em um navio hospital. Seu nome passou a ser HMHS BRITANNIC, tendo sido oficialmente comissionado a 12 de Dezembro de 1915. Partiu em sua primeira viagem de Liverpool a 23 de Dezembro de 1915, com destino a Mudros, na ilha de Lemnos.

Depois de sua terceira viagem, foi dispensado do serviço de guerra para que voltasse a ser um navio de passageiros comum, mas a 28 de Agosto de 1916, durante o processo de reformas que estavam sendo realizadas em seu interior, foi chamado novamente para o serviço de guerra.

Em sua última viagem, partiu de Southampton a 12 de Novembro de 1916 às 12:00 horas. No dia 21 de Novembro de 1916, por volta das 08:00 horas, quando passava pelo canal da ilha de Kea (Grécia) ocorreu uma grande explosão no navio. O HMHS BRITANNIC afundou completamente em menos de 55 minutos. O navio transportava cerca de 1125 pessoas. Somente 30 morreram. O capitão do navio era Charles Barlett. O navio inglês HMS FORESIGHT e o navio francês GOLIATH ajudaram no resgate dos sobreviventes.

Em meados dos anos 70, o naufrágio foi descoberto por Jacques Cousteau. O navio está a uma profundidade de 120 metros e o rombo a bombordo sugere que houve uma explosão de dentro para fora do navio.

Algumas fontes ainda citam que :

* Vários sobreviventes alegam ter visto rastro de torpedos antes da explosão.

* O BRITANNIC bateu em uma mina, deixada pelo submarino U-73. A teoria da mina foi confirmada pelo diário de bordo do comandante Seiss do U-73.

* Um jornal alemão da época justificou que o Britannic foi afundado porque transportava tropas militares.

* O BRTANNIC bateu em um rochedo.

* Ocorreram duas explosões e nao somente uma.

* O número de pessoas a bordo no dia do naufrágio era de 1136 pessoas.

* O BRITANNIC transportava secretamente munição, motivo pelo qual houve a explosão de dentro para fora.

* O naufragio encontra-se hoje a uma profundidade que varia de 100 a 126 metros.

Algumas informações aqui descritas, foram obtidas do documentário feito por Jacques Cousteau chamado "A PROCURA DO BRITANNIC".

Este artigo foi publicado pela primeira vez pelo autor, no antigo site MERGULHO BR em 2001.


( Texto : Wilson Luiz Negrini de Carvalho )

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domingo, 27 de junho de 2010

HISTÓRIA : O NAUFRÁGIO DO ANDREA DORIA


( A foto colorida é do Andrea Doria a foto em preto e branco é do Stockholm )

O ANDREA DORIA foi construído nos estaleiros Ansaldo Sestri Ponente na Itália. Tinha cerca de 210 metros de comprimento, 27 metros de boca e 29083 toneladas brutas. Seu porto de origem era Genova.

Foi lançado ao mar em 10 de Junho de 1951, mas a decoração de seu interior demorou 18 meses para ser concluída. Sua viagem inaugural foi adiada para o dia 14 de Janeiro de 1953 porque teve problemas em seu maquinário. Era considerado o mais belo navio da época do pós-guerra.

Tinha capacidade para transportar 218 passageiros na primeira classe, 320 na segunda classe, 703 na terceira classe e 563 tripulantes.

O ANDREA DORIA estava na fase final de sua viagem de número 51, comandado por Piero Calamai, transportando 1706 pessoas, quando as 23:11 horas do dia 25 de Julho de 1956 foi abalroado a boreste pelo navio STOCKHOLM durante um nevoeiro. Um grande rombo foi aberto no casco do ANDREA DORIA, onde foram atingidos :

* Cabines de números 42 a 58 do deck superior

* Suite número 180

* Cabines de números 202 a 238 do deck A

* Cabines de números 424 a 432 do deck B

* Cabines de números 642 a 677 do deck C

* Garagem

* Tanques de combustível

A proa do STOCKHOLM chegou a penetrar cerca de 10 metros dentro do casco do ANDREA DORIA na região do deck superior. Nos decks inferiores a penetração foi menor.

Foi enviado pedido de socorro e imediatamente vários navios foram ajudar, dentre eles : ILE DE FRANCE, CAPE ANN, WILLIAM H THOMAS, JONAH E KELLEY, TAMAROA, OWASCO, YAKUTAT, CAMPBELL, EVERGREEN, HORNBEAM, LEGARE, LIONNE, ROBERT E HOPKINS. O próprio STOCKHOLM enviou a maioria de seus botes salva-vidas para ajudar.

O ANDREA DORIA afundou no dia 26 de Julho de 1956 por volta das 10:09 horas.

Neste acidente morreram 46 pessoas do ANDREA DORIA e 5 tripulantes do STOCKHOLM.

Ninguém conseguiu entender até hoje como dois navios que usavam uma avançada tecnologia de radar para a época, puderam se chocar.

Este artigo foi publicado pela primeira vez pelo autor, no antigo site MERGULHO BR em 2001.

( Texto : Wilson Luiz Negrini de Carvalho )

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domingo, 16 de maio de 2010

HISTÓRIA : O NAUFRÁGIO DO AQUIDABÃ EM ANGRA DOS REIS


O Aquidabã foi construído na Inglaterra em 1885. Tinha 85,4 metros de comprimento, 15,84 metros de boca, 5,48 metros de calado e um deslocamento de 5029 toneladas. Como encouraçado de esquadra da Marinha Brasileira, tinha 4 canhões de 9 polegadas, 15 metralhadoras, cinco tubos de lançamento de torpedos e 4 canhões de 5 polegadas.

Participou de vários acontecimentos, como na reação à tentativa de golpe de estado contra o Marechal Deodoro, na Revolta Armada, etc. Passou por reformas na Alemanha e Inglaterra para melhorias em seu casco e armamentos. Um tempo depois passou por outra reforma, onde foi transformado em embarcação para a realização de experiências de transmissão de telégrafo sem fio.

Por volta das 23:00 horas de 21 de Janeiro de 1906, quando estava ancorado na Baía de Jacuecanga, em Angra dos Reis, houve uma grande explosão, afundando o Aquidabã. Foram salvas 98 pessoas e outras 212 pereceram no acidente. Ninguém sabe ao certo o motivo da explosão.

Os destroços do Aquidabã se encontram no mesmo local a uma profundidade entre 11 e 18 metros. Infelizmente, a visibilidade no local é muito ruim e fica pior ainda em profundidades abaixo dos 10 metros.
( Texto : Wilson Luiz Negrini de Carvalho )

Fontes de pesquisa :
* Site da Marinha do Brasil
* Guia dos Naufrágios da Baía de Ilha Grande (José E. R. Galindo)

Este artigo foi publicado pela primeira vez pelo autor, no antigo site MERGULHO BR em 2001.

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quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

SUBMARINO NAUFRAGADO EM ABROLHOS

Para nós, amantes de mergulho em naufrágio, com certeza, um dos maiores sonhos é mergulhar no naufrágio de um submarino.

Esta semana, um colega mergulhador que voltou de Abrolhos disse ter mergulhado em um local onde tem um submarino da Segunda Guerra Mundial naufragado. O naufrágio ainda é pouco conhecido e a localização dele, por motivos óbvios, não está sendo revelada abertamente.

Verdade? Mentira? Não sei... Sei que, quem me falou não tem o hábito de mentir.

Algumas histórias de naufrágios são assim, misteriosas.

Em breve estarei indo lá para conferir. Se não encontrar o naufrágio, pelo menos farei bons mergulhos.

Por enquanto, aguardamos... Fica este comentário apenas como uma especulação, até que se descubra de fato se algum naufrágio foi realmente encontrado e se é um submarino.

( Texto : Wilson Luiz Negrini de Carvalho )


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segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

HISTÓRIA : O NAUFRÁGIO DO AYMORÉ EM ILHABELA


(Foto da maquete cedida por Carlos Eduardo Rodrigues de Paula)

O AYMORÉ, era um vapor com cerca de 60,7 metros de comprimento.

Construído no estaleiro Armstrong Mittchel em Newcasttle, Inglaterra em 1883. Foi incorporado ao Lloyd Brasileiro em 1890, atuando como cargueiro. Tinha um deslocamento de 665 toneladas.

Em sua última viagem, partia de Montevidéu (Uruguai) para o Rio de Janeiro (Brasil), carregando malas postais e cartuchos de munição descarregados, além de poucos passageiros. Segundo consta, suas condições de navegação não eram ideais quando iniciou a viagem. Durante a viagem, teve problemas no leme e teve que fazer uma escala não programada em Santos (São Paulo) no dia 17 de Julho de 1920, permanecendo em reparos até o dia 21 do mesmo mês.

Retomou sua viagem nesta última data e ao aproximar-se do canal de São Sebastião em 22 de Julho, encontrou correntes fortes fazendo com que o mesmo fosse levado até a costeira da Ilhabela, onde foi atirado contra a Pedra do Ribeirão fazendo um rombo na proa. Como o navio não afundou de imediato, houve tempo para salvar os passageiros.

Hoje o AYMORÉ se encontra no mesmo local a uma profundidade entre 5 e 8 metros. Ainda é possível ver parte da casaria, a caldeira, parte da popa com o eixo e o hélice, além do leme.

Algumas fontes citam a data do naufrágio como sendo 24 de Julho de 1919.
( Texto : Wilson Luiz Negrini de Carvalho )

Fontes de pesquisa :
* Revista SCUBA ano IV, número 28
* Museu Fundamar em São Sebastião/SP
* Operadora Colonial Diver em Ilhabela/SP
* Livro Sinistros Marítimos Costa de São Paulo 1900-1999 do autor José Carlos Rossini

Este artigo foi publicado pela primeira vez pelo autor, no antigo site MERGULHO BR em 2001.


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